domingo, 8 de novembro de 2009
Dinheiro não traz Felicidade!!!
A Novela: Excluída digital!!!
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Novela: O Embarque
Por cinco minutos permaneci incrédula vendo o veículo se distanciar. Ainda ouvia o alerta de dois passageiros que me viam ficando para trás. Pensei: "Ele tem mãe?" Confirmei: "Coitada!" afinal, se não tem já teve...
Cheguei em casa cheia de fome porém a justiça no momento me saciaria mais. Sendo assim tomei o número do ônibus que havia anotado (11574) e fui ligar para a Secretaria de transportes - para quem não sabe os números são: 2445-9712 / 2445-6265. O telefone só dava ocupado, logo vi, que o motorista havia feito muitas vítimas, ou então haviam muitos motoristas carrascos impondo sua preferência de itenerários e pontos. Não sei se já aconteceu com alguns de vocês, mas volta e meia por conta de trânsito "eles" inventam novos caminhos; confesso que quando passam por todos os pontos que deveriam nem me incomodo, mas voltando ao assunto, quando vi que por via telefônica ficaria complicado e era capaz de me irritar ainda mais, o que poderia gerar uma gastrite, corri para o computador e agradeci aos céus pela internet.
Fui ao site da prefeitura e na seção ouvidoria, coloquei minha insatisfação no texto abaixo escrito:
Venho reclamar em especial ao funcionário (motorista) da empresa acima citada, e dando importância de que não é a primeira vez que ocorre o mesmo problema no ponto da avenida Brasil prox. a Gata de Irajá. O acesso ao ponto estava livre de trânsito não havendo impedimento algum do motorista que justificasse parar o ônibus afastado do ponto e como se não fosse suficiente, ao me aproximar pedindo para embarcar, o motorista avançou, mesmo ouvindo o alerta dos passageiros que estavam no ônibus. Além dos dez minutos de praxe, aguardei mais vinte pela mesma linha, que infelizmente para mim é a única opção dado à localidade. Por favor, não quero que seja um apelo em vão. Faça valer meus impostos. Agradecida. Fabíola Rodrigues
Bem assim termina o primeiro capítulo de uma novela que espero não seja muito longa...
quarta-feira, 29 de abril de 2009
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Peças do Destino
Como esquecer, sem traçar lembranças?
Lamentar o não vivido
esperar pelo inesperado?
Peças do destino.
Escolher entre a sina e o fracasso.
Não há portas que eu possa abrir
porque não estão fechadas.
Como transpô-las, sem que me perca?
Como chorar, se não há lágrimas?
Externar a dor do peito
apenas com palavras?
Deixe-me derramar
poesia incessante
deixe-me contentar
em ser tua amante...
Escrita em 24/08/2005
encontrar metáforas
que retratassem sua cândura?
De onde extrair matéria-prima
para relatar sua vida, sua história?
Não tenho sabedoria nem talento suficientes,
nem poesia e rima
que estivessem a sua altura.
Talvez minhas lembranças de menina
possa essas linhas agradar
as farras em véspera de Natal
os doces roubados, tesouros escondidos
eu e meus primos, todas as brigas
que teve de aturar, às vezes, sozinha
O teu amor a tua fé oferecidos
fez de nossas vidas algo excepcional.
Ter corrompido tua paciência
em minha infância recebendo
o primeiro tapa como neta,
trago como troféu tal feito
para relatar minha vida em sua história
marca de sua tolerância perdida
e também confesso meu desrespeito
quando era criança tão sapeca.
Assim termino sem ser poeta
ao contrário de teu grande amor
sem ter o talento que me foi negado pela génetica
sem a matéria prima adequada à um poema
com as rimas todas entruncadas
histórias sem fim nem começo
acaba dessa forma anti-estética
mesmo tendo o mais perfeito tema.
À minha avó Maria José.
Escrito em 15/05/2004
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
XEQUE-MATE
Por
Fabíola Rodrigues
Um grande tabuleiro de xadrez. As peças entram neste tabuleiro montando a cena, um clima de tenção e suspense preenche a cena, cada peça ao se posicionar estará como estátua com o gesto congelado, a cena iniciará com o fim da música. De um lado as peças Brancas e de outro as peças Pretas. Ambos os lados com o mesmo número e tipo de peça.
No Reino Branco
Cavalo – Minha Rainha, o caso é urgente!
Rainha – Diga há que veio!
Cavalo – Não nos resta um pião, só nos sobrou um cavalo. Na última batalha perdemos o Bispo...
Rainha – Silêncio! Quero de urgência uma boa notícia.
Torre – Eu tenho uma!
Rainha – Diga Torre.
Torre – Daqui de cima percebo que a situação é semelhante.
Rainha – E como está o rei deles?
Rei – Muito interesse hein?!
Rainha – De que me serve este paspalho? Se eu morrer em batalha, com certeza eles ganham a guerra. Porém se morres em batalha ,eles ganham a guerra do mesmo jeito. Não vejo semelhança em nosso exército e nos dele.
Torre – De fato, eles possuem um Rei!
Rei – Epa! Por um acaso vocês não! Acaso sou algum pião.
Rainha – Um pião me valeria mais.
Cavalo – A mim também que estou prestes a morrer!
Torre – Silêncio! Vejo movimentação no campo inimigo.
No Reino Preto
Rei – Alguém faz alguma idéia porque ainda lutamos?
Torre – Eu sei.
Rei – Então diga.
Torre – Porque o inimigo ainda não tombou, senhor!
Rei – Não me refiro a isto! Cavalo!
Torre – Não precisa ofender.
Rei – Não é com você é com o cavalo.
Cavalo – Sim Majestade.
Rei – Me responda.
Cavalo – Porque eles são brancos e nós pretos.
Rainha – Basta. Estou entediada.
Rei – Não faz o menor sentido.
(torre faz o gesto de sentido)
Rainha – Não agüento mais este quadrado estou louca para cruzar o tabuleiro, comprar umas roupinhas, conhecer gente nova.
Torre (fingindo um espirro) – Fútil.
Rei – Era capaz de te promover, se não fosse tão dissimulado.
Cavalo – Só não sei lhe responder majestade é quem iniciou a guerra. Já faz tanto tempo.
Rei – Torre, espie o outro lado.
No reino Branco
Torre – Eles estão olhando pra cá.
Rei – Todos com cara de mau. Não vão nos intimidar.
Rainha – Traste! Porque me casei com você? E por acaso eles intimidam alguém? Um bando de futriqueiros, que não tem o que fazer, fazem guerra.
Cavalo – Quem começou a guerra?
Rainha – Eles...eu acho.
Cavalo – E porque os reinos brigaram?
Rainha – Ora porque...porque...Pelo amor de Deus! Quantos anos você tem? Cinco?
Torre – Aposto que começou com amor, e como todo casamento acabou com ódio.
Rei – Ora essa incompetente! Não percebe que não há mistura. Onde está o fruto de tal amor que causou tal guerra.
Rainha – Essa guerra não tem sentido.
Torre – E se pedíssemos trégua?!
Rainha – Para reavaliarmos tal situação...Boa idéia.
No Reino Preto
Torre – Senhor, Vejo movimentação no campo inimigo, sugiro que mandemos o cavalo.
Rei – E eu sugiro que cale a boca. Quem eles enviam
Torre – Ui! A rainha.
Rei – E como ela é?
Rainha – Humpf! Eu mesma enfrento esta lambisgóia.
(As duas param de frente uma da outra no centro do tabulheiro)
Rainha Branca – Que ótimo, mandaram uma mulher. Seria terrível ter que desenhar tudo que venho reivindicar para o fim desta guerra, sou péssima com desenho. Mas como falo com ser tão inteligente quanto eu...
Rainha Preta – Ih, eu hein! Falar de guerra. Tanta coisa mais interessante...adorei seu vestido em que boutique você comprou?
Rainha Branca – Amiga, se vamos falar de futilidades, começo a guerrear desde já. Estou querendo a paz, já cansei disto.
Rainha Preta – Se for para falar em guerra fale com meu marido, odeio este tipo de coisa. Ai que tédio!
Rainha Branca – Sendo assim, basta abrir caminho. Poderá derrubar meu cavalo se quiser.
Rainha Preta – Vou até lá, porque adora andar a cavalo, derrubar, não faz o meu tipo.
(Caminha até o cavalo)
Torre Preta – Não creio senhor que sua esposa seja tão idiota em abrir a guarda para um xeque-mate para derrubar um simples cavalo.
Rei Preto – Maldito casamento prometido. Preferia casar-me com um pião. Pelo menos são mulheres de coragem.
Cavalo Branco – Maldita Rainha, entregou-me para o inimigo.
Rei Branco – Por uma boa causa, agora derrubamos o Reino Preto.
Torre Branca e Rei Branco dançam alegremente, enquanto Cavalo Branco se desespera a Rainha preta se aproxima feliz e sorridente. Do outro lado a Rainha Branca invade o reino Preto cautelosamente. A Torre Preta fica em alerta o Cavalo Preto se apavora e o Rei Preto em uma pose honrada preparando-se para morrer pela pátria. Ao encarar Rainha Branca e Rei Preto se apaixonam.
Rei Preto – Estou preparado para morrer em suas mãos.
Rainha Branca – É muito corajoso, mas vim em missão de paz. Percebi que não tenho motivos claros para continuar a lutar.
Rei Preto – É um suicídio, ou uma declaração de paz?
Rainha Branca – Para que eu declare paz é preciso que faça o mesmo.
Rei Preto – Prometo declarar a paz, se me declarar amor.
Rei Branco – Opa! Tem gavião no meu quintal! Se antes eu não tinha motivo para brigar, acabo de encontrar um.
Cavalo Preto – Agora me lembro o motivo da guerra.
Torre Branca – Não falei que havia começado com amor. Ui, mais cem anos de guerra.
Rainha Branca – Então façamos esta união. Quem se opuser terá de enfrentar um verdadeiro Rei
Rei Preto – E uma destemida Rainha.
Entra uma música alegre de fundo e aos poucos todos se juntam ao centro do tabuleiro, menos o Rei Branco a Rainha Preta que esta a fofocar com o Cavalo Branco.A música sai.
Cavalo Branco – Foi assim que Napoleão perdeu a guerra. Meu Reino por um cavalo!
Rainha Preta – Mas será que todos aqui só falam
Rei Branco – Não será o seu Rei a falar de amor com minha Rainha. E você de fofoca com um simples Cavalo. Vamos declarar guerra a estes adúlteros.
Rainha Preta – PQP! Gente eu to com uma vontade de soltar um palavrão. Dá pra parar de falar em guerra! Vocês precisam ler mais, ter mais assunto. Ai, que Tédio.
Cavalo Branco – Rainha Preta me leva para conhecer seu reino, agora que tenho passe livre...
Rainha Preta – Nosso Reino. Já que não sou mais Rainha, me declaro Cavalo.
Os dois se juntam ao restante.
Rei Branco – Está bem, está bem, mas saibam: Quem já foi Rei nunca perde a majestade!
FIM